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sábado, 23 de setembro de 2017

Marcelo Rezende, descanse em paz



Neste sábado (16/09), logo pela manhã, já pipocavam boatos, nas redes sociais, sobre a morte de Marcelo Rezende. Cheguei em casa por volta das 19 horas e deparei-me com o comunicado oficial lido por Reinaldo Gottino na Record TV.

O jornalista anunciava a morte do apresentador do “Cidade Alerta”. Em seguida, Adriana Araújo, visualmente emocionada e consternada com a notícia, deu prosseguimento à cobertura da emissora no “Jornal da Record”.

Já neste domingo (17/09), Gottino lá estava, mais uma vez, na tela da Record TV. Assumiu o comando do “Domingo Show” que, ao vivo, acompanhou o velório de Rezende. Geraldo Luis, Luiz Bacci, Fabiola Gadelha, Rodrigo Faro, entre tantos outros, concederam entrevistas diretamente da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo, local que abrigou a cerimônia fúnebre e recebeu milhares de fãs do jornalista. Infelizmente, as câmeras captaram um triste momento. Um desses fãs resolveu tirar foto do caixão onde estava Rezende. Totalmente sem noção.

Gottino comandou uma cobertura sóbria. Sem sensacionalismo. E o mesmo respeito ao profissional da casa continuou no “Domingo Espetacular” que relembrou as reportagens já produzidas sobre a dura história de vida do comunicador.

Rezende alcançou enorme repercussão há exatos 20 anos com a matéria sobre o caso da Favela Naval exibida no “Jornal Nacional”. Um impacto que remexeu a sociedade brasileira. Foi o auge de sua carreira profissional. Na Band, o apresentador também viveu outro ótimo momento ao comandar o “Tribunal na TV”.

De 2012 para cá, Marcelo Rezende chamou a atenção ao apostar em um ar mais descontraído no “Cidade Alerta” pela Record TV. Ele chegou a comandar edições com quatro horas diárias. Criou situações para esticar o noticiário e agradou o telespectador com os “repórteres personagens”, como o Menino de Ouro, Rabo de Arraia e Capitão Nascimento. Fortaleceu a equipe e trouxe os diferentes sotaques de todo o Brasil. Além disso, transformou Percival de Souza em sua escada. Os bordões estouraram na tela. “Corta pra mim!” e “Bota exclusivo, minha filha, dá trabalho pra fazer” caíram no gosto popular.

Agora, a Record enfrenta o dilema da sucessão definitiva na apresentação do “Cidade Alerta”. Bacci seria o sucessor. Porém, a imagem do apresentador continua queimada, após o seu retorno da Band, e não tem a mesma experiência do rival José Luiz Datena. Além disso, Gottino demonstrou, nesta semana, mais competência para liderar o noticiário. E como ficaria o Balanço Geral?

Meus pêsames aos familiares, amigos e fãs de Marcelo Rezende. Descanse em paz. A Record perdeu um dos seus principais profissionais.

Fabio Maksymczuk

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